sexta-feira, 23 de abril de 2010

Trabalhadores do transporte escolar rural se manifestam novamente

Samuel Nunes

Trabalhadores do transporte escolar na Zona Rural se manifestaram na câmara municipal na manhã de terça-feira, 20, a fim de chamar a atenção do poder público municipal para as dificuldades enfrentadas com o atraso de quatro meses no pagamento dos salários.
À reportagem, um motorista, que prefere não se identificar temendo alguma represália, revelou que, devido ao atraso, está devendo cerca de R$ 5 mil ao posto de gasolina da cidade. Ele disse ser fundamental que o pagamento seja realizado, para que os motoristas possam quitar essa e outras dívidas na praça, como, por exemplo, financiamento e pagamento do IPVA, todos atrasados há cerca de quatro meses.
- Não temos mais condições de trabalhar de graça para o município. Realizamos o nosso trabalho da melhor forma possível e é duro ficar tanto tempo sem receber - disse.
De acordo com ele, toda a documentação necessária foi entregue ao setor de licitação da prefeitura no dia 11 de fevereiro. Os documentos deveriam ser enviados à Secretaria Municipal de Educação.
- Somos responsáveis pela manutenção dos carros, abastecimento, compra de pneus e tudo que diz respeito a gastos do veículo. Agora, como vamos sustentar nossas famílias e pagar todas essas despesas, sem receber durante quatro meses? - Questiona o motorista, que gasta por mês em torno de R$ 400 de combustível.
A falta de pagamento dos salários já prejudicou também, de certa forma, a população que depende desse tipo de transporte, na Zona Rural. O presidente da associação da comunidade rural de Facela, Adiel Silva, informou que cerca de 400 crianças estão prejudicadas com a paralisação do transporte escolar.
Foto: Rubens Santana

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