domingo, 18 de outubro de 2009

Servidores do ministério do trabalho cruzam os braços

Rubens Santana
Repórter

Os funcionários da regional da Sub-delegacia do Ministério do trabalho e emprego em Montes Claros aderiram à paralisação nacional de dois dias dos servidores do Mte em busca de plano de carreira específico, melhores condições de trabalho e criação de novas vagas. A paralisação pegou a população de surpresa, uma vez que não houve qualquer divulgação prévia a respeito.

É o que alega a moradora do Bairro Maracanã Ana Maria Carlos Santana, 39 anos. Ontem, quarta-feira, ela esteve na sub-delegacia para resolver um problema de documentação para receber o seguro-desemprego. Ao chegar ao local, teve uma grata surpresa ao bater de frente com o cartaz divulgando a paralisação.

(foto: XU MEDEIROS)

Cartaz com a paralisação no portão pegou vários
trabalhadores de surpresa
.

Indignado também ficou Wesley Júnior da Silva, 26, que precisava trocar a CTPS - Carteira de trabalho e previdência social, que molhou ficando toda danificada. De acordo com Wesley, ele arrumou um serviço e o pessoal está cobrando o documento.

- Precisava tirar outra carteira. Mas agora vou ter que esperar mais uns dias – diz.

Já o vigilante Alecir Batista, 40 anos, concorda com a paralisação dos funcionários. Ele precisava dar entrada no seguro-desemprego, concorda com a greve, mas diz que os responsáveis pela gerência regional deveriam ter divulgado com antecedência que iria acontecer a paralisação.

Em nota à imprensa, a ASDERT – Associação dos servidores da superintendência regional do trabalho, informou que a luta já é pauta de reivindicações de longa data, com os servidores administrativos buscando equiparação entre outros servidores do poder executivo. Eles alegam que estão entre as categorias com menor remuneração, pois se encontram há mais de uma década com os salários defasados, além da precarização das condições de trabalho.

O gerente regional Ernesto Veloso Costa diz que os funcionários não têm boa estrutura para trabalhar:

- Faltam computadores, impressoras e até mesas para os auditores. Nossos auditores são muito bem treinados e qualificados, mas não podemos fazer nada. Os próprios auditores ficam desanimados com a situação em que a regional se encontra.

Fonte: O Norte

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