sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Psiu Poético: como foi

O repentista e cordelista Jason de Morais (o homem do berrante)
conta causos pras crianças da escola Mestra Fininha
O salão principal da Secretaria de Cultura ficou pequeno para os recitais de poesia
De improviso no recital alheio, falei poesias minhas e de Paulo Leminski

Apesar do esforço pessoal do prefeito da cidade, que tudo fez para prejudicar o evento, o Psiu Poético em sua 23ª. versão atingiu vários dos seus objetivos culturais. O principal deles foi ter dado, durante nove dias, um coquetel de pão e circo – numa única tacada – para dezenas de jovens de Montes Claros. Eu vi garotos de 13, 14 anos, sedentos de saber e cheios de vontade de participar da vida artística/intelectual da cidade. Eu vi jovens fazendo música e recitais para outros jovens sedentos de novidades e conteúdos. Durante três dias, fui abordado por eles que vieram mostrar seus trabalhos em poesia ou prosa. Seu eu podia ser considerado um professor de literatura, então, por favor, que eu olhasse aquilo... O recital de poesia na Escola Municipal mestraFininha (mãe de Darcy Ribeiro) com a participação ativa (!) de mais de 100 crianças, foi emocionante e valeria o empenho. Um dos poetas, um taludo de quinze anos, aluno da escola, chorou na leitura dos seus próprios versos, que falavam da sua cidade, da sua paisagem...

Apesar do grande esforço do prefeito, que tudo fez para prejudicar o evento, a tenacidade do Aroldo Pereira, o Gladiador, superou a mesquinharia do alcaide. Alguns convidados anunciados na programação foram cortados na última hora (incluindo o pessoal do Clube da Esquina, Márcio Borges, Murilo Antunes e Telo Borges); por falta de ajuda, o Psiu ficou sem as tradicionais camisetas que identificam o evento enquanto um produto cultural. Por falta de ajuda, o evento contou com apenas três convidados “de fora”: Toninho Vaz, Madan, músico de SP, e Nicolas Behr, poeta deBrasília, previamente convidados e comprometidos. (Solicitados, eu e o Nicolas nos entregamos aos cristãos sem esperar sequer um chaveirinho em troca. Mas não encontrei o Madan, que fazia o movimento oposto: voltava enquanto eu chegava).

(Em tempo: meu cachê foi suficiente apenas – e rigorosamente – para pagar as despesas de transporte entre Rio e Montes Claro. Almoço no bandejão do SESC. No profit, baby!) Ah, sim, o nome do prefeito sem mérito: Luiz Tadeu Leite, do PMDB (eu perguntava para qualquer pessoa ao lado porque o prefeito estava fazendo aquilo e a resposta era sempre a mesma: o Prefeito tem diferença política com o Aroldo, de outros carnavais.)

Toninho Vaz, de Santa Teresa (Fotos de Deomidio Macedo)

Um comentário:

  1. E você ainda dá espaço para divulgar uma palhaçada dessas. Athos pagou, no ano passado, R$ 50 mil para o evento. Onde o PT enfiou o dinheiro? Com menos de R$10 mil deu para realizar o evento esse ano. O problema é que Aroldo quer ser dono de tudo, até da imprensa. Pergunte aos seus companherios. Eles devem saber onde colocaram o resto da grana. O PT gosta tanto de dinheiro, de poder. Agora, com Tadeu na prefeitura, se virem para articular. Bestas são vocês...

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